O Comando de Greve dos Servidores do Campus Rio
Branco e Reitoria do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Acre vem, por meio desta esclarecer e informar a todos sobre o andamento da greve.
A greve foi deflagrada no dia 04/07/12 em
Assembleia realizada no Campus Rio Branco, sendo respeitado o prazo de 72 horas
para seu início. Dessa forma, a greve iniciou no dia 09/07/12. De acordo com o
Calendário letivo divulgado no site da instituição a partir do dia 09/07
haveria apenas aplicação de provas finais. Dessa forma, o primeiro semestre foi
concluído para a maioria dos alunos, ficando com pendências apenas os alunos
que ficaram de prova final em alguma disciplina. Assim, não há possibilidade de
cancelamento do semestre.
No período de 09/07 à 06/08 os alunos estavam em
férias, assim como muitos professores. As aulas do segundo semestre estavam
previstas para iniciar no dia 07/08 (terça-feira), o que não aconteceu por
causa da greve, o que implica dizer que ainda não há comprometimento do
calendário letivo.
A greve dos servidores do IFAC faz parte de
movimento nacional e hoje conta com o apoio de mais de 450 mil servidores em
todo o país. Todos os Institutos Federais estão em greve juntamente com 56
universidades. O governo encerrou as negociações com os professores afirmando
que fechou um acordo. Porém, o acordo foi fechado com um sindicato que
representa aproximadamente cinco mil professores, quando existem mais de 200
mil no país inteiro. Hoje há uma pressão por parte dos grevistas para que o
governo reabra as negociações, pois as reivindicações envolvem reestruturação
da carreira, reajuste salarial, condições dignas de trabalho, além de um
investimento maior em educação.
Paralelo ao movimento dos servidores, também
acontece em todo o país o movimento de greve dos estudantes, que reconhecendo a
importância e necessidade de uma educação pública de qualidade reivindicam
reajuste dos valores de bolsas, moradia estudantil, restaurante universitário,
infraestrutura em salas de aula, laboratórios e bibliotecas e contratação de
professores.
O governo tem usado a mídia para divulgar
propostas indecentes e fazer afirmações de que a greve acabou. Essas afirmações
não são verdadeiras. As bases sindicais que representam a esmagadora maioria
dos docentes e técnicos das universidades e institutos não aceitaram a proposta
imposta pelo governo.
A respeito da negociação com os
Técnicos-Administrativos foi aberta a negociação pelo governo que apresentou
uma contraproposta pífia, que não corresponde aos anseios da categoria. As
entidades que representam essa categoria (FASUBRA e SINASEFE) estão
procurando melhorar a proposta para fechar um acordo, que tem adotado uma
postura intransigente.
Quem põe fim à greve é o governo quando negocia
com trabalhadores respeitando as necessidades das categorias. A culpa da greve
é do governo que não respeita a educação. Os operários de uma construção de um
estádio para a Copa pararam um dia e rapidamente resolveram o problema. As
universidades e institutos estão em greve desde maio e o governo não tem
demonstrado preocupação em resolver o problema. Demorou a abrir negociação e
quando o fez, mostrou-se intransigente.
A greve é o momento em que fazemos conquistas para
melhorar a educação. Muito do que temos hoje é resultado de greves realizadas
com muita luta. A GREVE SEGUE FIRME E FORTE ATÉ QUE O GOVERNO NEGOCIE COM
DECÊNCIA.
Comando Local de Greve IFAC/Campus Rio Branco e Reitoria
Nenhum comentário:
Postar um comentário