quinta-feira, 9 de agosto de 2012

CARTA DE ESCLARECIMENTOS A COMUNIDADE


O Comando de Greve dos Servidores do Campus Rio Branco e Reitoria do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre vem, por meio desta esclarecer e informar a todos sobre o andamento da greve.
A greve foi deflagrada no dia 04/07/12 em Assembleia realizada no Campus Rio Branco, sendo respeitado o prazo de 72 horas para seu início. Dessa forma, a greve iniciou no dia 09/07/12. De acordo com o Calendário letivo divulgado no site da instituição a partir do dia 09/07 haveria apenas aplicação de provas finais. Dessa forma, o primeiro semestre foi concluído para a maioria dos alunos, ficando com pendências apenas os alunos que ficaram de prova final em alguma disciplina. Assim, não há possibilidade de cancelamento do semestre.
No período de 09/07 à 06/08 os alunos estavam em férias, assim como muitos professores. As aulas do segundo semestre estavam previstas para iniciar no dia 07/08 (terça-feira), o que não aconteceu por causa da greve, o que implica dizer que ainda não há comprometimento do calendário letivo.
A greve dos servidores do IFAC faz parte de movimento nacional e hoje conta com o apoio de mais de 450 mil servidores em todo o país. Todos os Institutos Federais estão em greve juntamente com 56 universidades. O governo encerrou as negociações com os professores afirmando que fechou um acordo. Porém, o acordo foi fechado com um sindicato que representa aproximadamente cinco mil professores, quando existem mais de 200 mil no país inteiro. Hoje há uma pressão por parte dos grevistas para que o governo reabra as negociações, pois as reivindicações envolvem reestruturação da carreira, reajuste salarial, condições dignas de trabalho, além de um investimento maior em educação.
Paralelo ao movimento dos servidores, também acontece em todo o país o movimento de greve dos estudantes, que reconhecendo a importância e necessidade de uma educação pública de qualidade reivindicam reajuste dos valores de bolsas, moradia estudantil, restaurante universitário, infraestrutura em salas de aula, laboratórios e bibliotecas e contratação de professores.
O governo tem usado a mídia para divulgar propostas indecentes e fazer afirmações de que a greve acabou. Essas afirmações não são verdadeiras. As bases sindicais que representam a esmagadora maioria dos docentes e técnicos das universidades e institutos não aceitaram a proposta imposta pelo governo.
A respeito da negociação com os Técnicos-Administrativos foi aberta a negociação pelo governo que apresentou uma contraproposta pífia, que não corresponde aos anseios da categoria. As entidades que representam essa categoria (FASUBRA e SINASEFE) estão procurando melhorar a proposta para fechar um acordo, que tem adotado uma postura intransigente.
Quem põe fim à greve é o governo quando negocia com trabalhadores respeitando as necessidades das categorias. A culpa da greve é do governo que não respeita a educação. Os operários de uma construção de um estádio para a Copa pararam um dia e rapidamente resolveram o problema. As universidades e institutos estão em greve desde maio e o governo não tem demonstrado preocupação em resolver o problema. Demorou a abrir negociação e quando o fez, mostrou-se intransigente.
A greve é o momento em que fazemos conquistas para melhorar a educação. Muito do que temos hoje é resultado de greves realizadas com muita luta. A GREVE SEGUE FIRME E FORTE ATÉ QUE O GOVERNO NEGOCIE COM DECÊNCIA.

Comando Local de Greve IFAC/Campus Rio Branco e Reitoria

Nenhum comentário:

Postar um comentário